quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Fulgencio Argüelles e uma Asturias de poesias, flores, amores e dores

Fulgencio Argüelles é um psicólogo espanhol. Depois de um período em Madri, onde fez o curso de psicologia, regressou a sua terra natal, Astúrias, lugar de sua infância e juventude. E começou a escrever romances. Ganhador de vários prêmios de literatura. Um deles (Prêmio Café Gijon, de 2003) pela sua quarta novela, El palácio azul de los ingenieros belgas, que estou lendo agora.
O romance é uma narração da juventude de Nalo, aprendiz de jardineiro, em um povoado em Astúrias, durante o período franquista.
Nalo começa o relato com a morte do pai, O pai morre e ele começa a relatar sua história. A vida de todos os personagens circulam ao redor do palácio dos ricos belgas, donos da mina que existe no povoado, sua riqueza, sua língua estranha, seus banquetes, suas mulheres, uma delas tida como louca, cheia de segredos.

Nalo aprende sobre jardinagem com Eneka, o culto jardineiro que se casou com uma das ninfas do Olimpo, esse lugar que ele não sabe onde é.
A tristeza de todos é evidenciada pelo garoto que está ali, observando tudo. ainda que ignore os motivos, Eis um relato sobre o alcoolismo do avô Cosme: "..aunque el alcohol fuera capaz de privarlos de la tristeza, la vergûenza, el silencio y la soledad, por este ordem, nunca conseguiría redimirlos del peso de ciertos recuerdos, porque non hay alcohol suficiente sobre la tierra para anegar la memoria, así me lo había transmitido en no pocas ocasiones mi abuelo Cosme, quien andaba  en ese intento del olvido selectivo desde hacía años, y cuanto mas alcohol se ingería para olvidar más imposible resultaba el olvido y más desnudos se quedaban los recuerdos,..."
Por alusão, o pano de fundo é o período pré-revolucionário, que será sufocado pelos militares, antes de Francisco Franco. As diferenças sociais aparecem muito no romance: os ricos engenheiros e seus comensais, como moscas, zunindo às voltas do poder.
Lançado pela Editora Acantilado, em 2003.
Novela formidável.




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