quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O filho de mil homens

Terminando de ler, O filho de Mil homens, de Walter Hugo Mãe. Que livro lindo! Livro que ganhei de presente de Elynes Barros Lima, com dedicatória do autor e tudo. Esse foi um desses presentes que a gente nunca esquece. Ainda mais que não entendi a letra do autor e a dedicatória ficou enigmática. O livro é sobre os desencontros que as pessoas vão tendo na vida. E sobre a diferença entre os homens e a mulheres. O autor repete em três momentos da obra: "Os homens eram todos iguais. Somente as mulheres podiam aceder à diferença".
E outra lição que um personagem nos dá: ser o que se pode é a felicidade. Não adianta sonhar com o que é apenas fantasia, com o que é impossível. "A felicidade é a aceitação do que se é e se pode ser". Mas esta é uma lição masculina.
A felicidade para a personagem feminina, Isaura, "a mulher carregada de silêncios e ausências" era o amor. E ela responde assim a essa espera do amor, que não chega, não chega: "Porque o amor era espera e ela, sem mais nada, apenas esperava. A isaura sabia que amava alguém por vir, amava uma abstração de alguém no futuro. Ela esperava o futuro, e esperar era já um modo de amar. Esperar era amar. Certamente, amava de um modo impossível o futuro. Disse: eu pensava que o amor era bom".
Nem tenho mais palavras que as do próprio autor para dizer o tanto que o livro é lindo.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Skyfall

Venho aqui pagar a boca: tinha avacalhado com Daniel Craig como 007. Os dois primeiros filmes dele no papel do sempre charmoso agente secreto, para mim, tinham sido um fracasso total. Ele tinha virado um troglodita insensivel, lutador do UFC, sem inteligência nenhuma, que nem gostava de mulher. Enfim, um horror de roteiro e de atuação de Daniel Craig.
Neste sábado assisti Skyfall e adorei. Neste filme é o mesmo 007 de sempre: inteligente, estrategista, muito mais do que atirar, prova a todos que não está passado do ponto. E além disso tem a atuação de Raph Fiennes, ator que adoro, e sobretudo de Javier Bardem. Bardem está um vilão memorável. Há uma cena excelente em que Bardem/Ramirez, espião que pretende matar M., tenta seduzir Bond para ficar do lado dele. Bond amarrado, feito prisioneiro e o outro, sedutor, mostrando que deseja homens, passa a mão pela perna de Bond e lhe diz "para tudo tem uma primeira vez". E Bond, responde também bem sedutor: "e quem disse que é a primeira vez?" Antes de desarmar todo mundo, é claro. E ficamos sem saber se, de fato, ele já tinha se deitado com um homem antes.....
Roteiro excelente.