"Todos os amores são infelizes porque são feitos de tempo, todos são o nó frágil das criaturas temporais que sabem que vão morrer; em todos os amores, até nos mais trágicos, há um instante de felicidade..." E assim Octávio Paz continua falando sobre o amor em um dos livros mais lindos que já li. Queria escrever sobre o amor assim, como ele faz em A dupla chama, mas peguei outro viés: os desencontros, o exílio de viver sem o objeto amado. Quem não ama é sem terra pátria, sem chão.
Hoje de manha dei uma entrevista na Rádio FM 94 e uma das perguntas que me fizeram foi: quem ama perdoa uma traição? Minha resposta: que só dá para responder na singularidade de um sujeito, cada um ama de um jeito.
Qual seria o instante de felicidade que anularia a fragilidade do amor? Um beijo na boca? um buquê de rosas vermelhas? escutar o outro, compartilhar a solidão? aliviar a carga de viver do outro? Um sorriso pleno de esperanças? desejo? Cada um escolhe o que melhor lhe aprouver.
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