quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O filho de mil homens

Terminando de ler, O filho de Mil homens, de Walter Hugo Mãe. Que livro lindo! Livro que ganhei de presente de Elynes Barros Lima, com dedicatória do autor e tudo. Esse foi um desses presentes que a gente nunca esquece. Ainda mais que não entendi a letra do autor e a dedicatória ficou enigmática. O livro é sobre os desencontros que as pessoas vão tendo na vida. E sobre a diferença entre os homens e a mulheres. O autor repete em três momentos da obra: "Os homens eram todos iguais. Somente as mulheres podiam aceder à diferença".
E outra lição que um personagem nos dá: ser o que se pode é a felicidade. Não adianta sonhar com o que é apenas fantasia, com o que é impossível. "A felicidade é a aceitação do que se é e se pode ser". Mas esta é uma lição masculina.
A felicidade para a personagem feminina, Isaura, "a mulher carregada de silêncios e ausências" era o amor. E ela responde assim a essa espera do amor, que não chega, não chega: "Porque o amor era espera e ela, sem mais nada, apenas esperava. A isaura sabia que amava alguém por vir, amava uma abstração de alguém no futuro. Ela esperava o futuro, e esperar era já um modo de amar. Esperar era amar. Certamente, amava de um modo impossível o futuro. Disse: eu pensava que o amor era bom".
Nem tenho mais palavras que as do próprio autor para dizer o tanto que o livro é lindo.

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